Diagnóstico precoce do Glaucoma ajuda a prevenir a cegueira

Você já sabe, mas é sempre bom repetir: a avaliação oftalmológica periódica é fundamental para prevenir doenças que levam à problemas de visão e até mesmo  causam cegueira. Uma delas é o Glaucoma, doença que atinge o nervo óptico (responsável por levar as informações do olho ao cérebro). É assim que nosso cérebro capta cores, formas e tamanhos e traduzem estas informações para que possamos enxergar e que permitem a visualização de objetos na forma correta que são. Por isso, um possível problema nesta estrutura tão importante para a visão pode ser extremamente prejudicial.
O Glaucoma não apresenta sintomas em sua fase inicial, o que o torna mais perigoso, já que é uma doença silenciosa. O paciente só sente os seus efeitos quando o quadro está bem avançado. Desta forma, o diagnóstico precoce só vem ajudar a minimizar os efeitos do Glaucoma.

Fatores de Risco para Desenvolvimento do Glaucoma

A partir dos 40 anos, é essencial que todos façam a avaliação oftalmológica periódica, já que esta é a idade preferencial para o surgimento do Glaucoma. Pessoas com casos na família (especialmente parentes de primeiro grau) têm até 5 vezes mais chances de apresentar a doença. Outros fatores de risco para o Glaucoma: pacientes com alta miopia (acima de 6 graus) e pessoas de etnia negra. Pacientes com diabetes e hipertensão também têm mais chances de desenvolver o Glaucoma.

Como detectar o Glaucoma

Durante a avaliação oftalmológica, o especialista faz a medição da pressão intraocular e avalia o nervo óptico, através do exame de fundo de olho. O exame de campo visual também é aplicado. Após a constatação do Glaucoma, inicia-se o tratamento, que varia de acordo com cada caso.

Quais são os tipos de Glaucoma

Glaucoma Ângulo Aberto
Este é a tipo mais comum e não apresenta alterações oculares ou sistêmicas que possam causar o aumento da pressão intra-ocular ou alteração do campo visual compatível com a doença. O problema é que como este  tipo de Glaucoma não apresenta sintomas, o paciente só percebe a perda visual em seu estágio avançado, dificultando o tratamento.

Glaucoma Ângulo Fechado
Apresenta-se em 3 formas:
1- Aguda
Caracterizada pela pressão intra-ocular muito elevada, causando forte dor ocular, olho vermelho, visão borrada, náuseas e vômitos.
2- Subaguda
Não apresenta sintomas perceptíveis como na forma aguda ou pode causar dor no fundo o olho, visão borrada e aparecimento de halos ao redor de luzes.
3- Crônica
Também é assintomática até que o paciente apresente dano avançado no campo visual.

Glaucoma Congênito
De origem genética, apresenta os seguintes sintomas: lacrimejamento, sensibilidade à luz e blefaroespasmo. Além disso, a córnea aumentada e sua opacificação também indicam esta forma da doença.

Glaucoma Secundário
É o tipo de Glaucoma que pode ser desencadeado após o paciente apresentar catarata, doenças inflamatórias e uso de corticoides sem acompanhamento médico.

Tratamento do Glaucoma

Embora não tenha cura, é possível fazer um tratamento adequado para interromper o avanço do Glaucoma e a perda da visão. Atualmente, os tratamentos são realizados com colírios, laser e até mesmo cirurgia.

Hábitos que agravam o Glaucoma

– Diagnóstico Tardio

– Vida sedentária – a prática de exercícios físicos ajuda na diminuição da pressão intraocular. Caminhar 30 minutos por dia já é o suficiente para beneficiar a saúde dos olhos.- Estresse – crises de estresse dilatam a pupila, levando ao aumento da pressão intraocular. Pacientes com glaucoma devem controlar os níveis de estresse e ansiedade, evitando a danificação do nervo óptico.

– Uso incorreto de colírios – Pacientes com glaucoma devem utilizar os colírios da maneira prescrita pelo médico oftalmologista, a fim de garantir a eficácia do tratamento.

Lembre-se: o Glaucoma é uma das principais causas de cegueira em todo o mundo. Por isso, cuide de sua visão. Faça sua avaliação oftalmológica periodicamente e garanta sua saúde ocular. A vida é muito especial para não ser vista!

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