Em função do Dia Mundial do Diabetes na última terça-feira (14/11) apresentamos informações sobre a Retinopatia Diabética, uma das principais complicações do Diabetes e que pode levar à perda da visão.

A Retinopatia Diabética surge em decorrência do excesso de glicose no sangue, danificando os vasos sanguíneos dentro da retina. O principal agravante é que a Retinopatia Diabética pode surgir sem que o paciente note diferença em sua visão, facilitando o processo de comprometimento da mesma, caso o paciente não faça o tratamento adequado.

Para evitar o comprometimento da visão, os pacientes com diabetes devem realizar o exame de Fundo do Olho pelo menos uma vez ao ano, além de controlar os níveis glicêmicos. Para gestantes, os cuidados devem ser redobrados: é imperativo que se realize este exame a cada trimestre gestacional.
Estimativas demonstram que diabéticos com menos de 5 anos de doença  raramente apresentam evidência de retinopatia ao exame de fundo de olho. No entanto, esta incidência sobre para quase 50% nos diabéticos com 5 a 10 anos de doença e 70 a 90% naqueles com mais de 10 anos. Portanto, o exame de fundo de olho auxilia o clínico geral quanto ao tempo de aparecimento do diabetes, sobretudo do tipo 1.

A Retinopatia Diabética apresenta 4 fases diferentes:

1- Na fase inicial (não proliferativa), ocorrem pequenas áreas de dilatação dos pequenos vasos sanguíneos da retina (microaneurismas)

2- Na fase moderada (não proliferativa), alguns vasos sanguíneos são bloqueados.

3- Na fase severa (não proliferativa), além dos acontecimentos relatados nas fases anteriores,  mais vasos são bloqueados e várias regiões da retina deixam de receber sangue, causando a neovascularização.

4- Em sua fase mais avançada (proliferativa), a retina envia sinais, solicitando melhor circulação de sangue, provocando o crescimento de vasos sanguíneos defeituosos e frágeis.

Sintomas da Retinopatia Diabética
O grande problema é que os pacientes com Retinopatia Diabética não costumam apresentar sintomas, com excessão quando ocorre a hemorragia vítrea (sangramento dentro do gel vítreo), causando baixa visão e aparecimento de pontos de sangue ou manchas flutuantes. Por isso, ao detectar qualquer um destes sinais, os pacientes devem procurar o oftalmologista imediatamente.

Tratamento da Retinopatia Diabética
O tratamento é realizado com panfotocoagulação a laser, um processo em que os vasos sanguíneos neoformados e as áreas sem oxigenação são fotocoagulados. Nos casos de hemorragia severa, é indicado a Vitrectomia, um procedimento cirúrgico que remove o sangue do olho.

O controle do Diabetes ainda é a melhor forma de conservar a qualidade da visão – siga as recomendações de seu médico e controle com regularidade os níveis de açúcar, a pressão arterial e o colesterol no sangue, além de realizar o exame de fundo de olho periodicamente.