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Perda de Visão

Postado por Oculari em 01/06

Como superar a perda da visão?

Independente da causa da cegueira: um tumor, glaucoma, um acidente, um AVC – a perda da visão é uma questão muito delicada e que abre espaço para muitas reflexões.

É inevitável defrontar-se com o trauma psicológico da perda, pois as bases em que a pessoa se sustentava deixarão de ser reais: realizar tarefas comuns, como andar, dirigir, olhar-se ao espelho, ver as outras pessoas, etc, deixarão de ser possíveis antes mesmo de se ter iniciado um processo de reabilitação.

A perda da visão traz com ela uma perda ainda maior: a emocional. Inevitavelmente, todo indivíduo tem sua vida centrada no sentido da visão e a nova condição da cegueira traz a sensação de desfragmentação e inferioridade – alguém que não é o que era e que surge diferente dos outros que o rodeiam. O peso pode assumir tais proporções e gerar situações de afastamento, de necessidade de ajuda e de angústia.

Apesar de existirem soluções tecnológicas para muitos problemas relacionados a perda da visão, não podemos esquecer que a cegueira afeta o indivíduo como um todo e que a resposta a esta situação varia com os indivíduos. Há os que reagem e superam, mas há muitos outros que se vitimizam, sem se preocupar em crescer como indivíduos.
Por isso, recomenda-se o acompanhamento psicológico, como forma de fortalecer a autoestima e reabilitar a pessoa a enfrentar a nova fase após a perda da visão.

A perda da visão e o auxílio da família

As famílias das pessoas que perdem a visão costumam reagir de duas formas: com abandono ou superproteção. A ajuda deverá vir tanto do auxilio psicológico, como da escola (no  caso de crianças e jovens), sempre no sentido de reconstruir o convívio familiar e social.

Incapaz de realizar as tarefas como antes, o cego torna-se uma pessoa dependente, pois perde liberdade, sua intimidade, sua posição no seio familiar e muito daquilo que o unia aos outros.

A não realização de competências básicas, por um lado, levam-no a considerar-se como alguém agora incapaz de ser reconhecido pelo que fazia quando via; por outro, tornou-se alguém completamente dependente de familiares ou de amigos, o que veio romper antigos equilíbrios que norteavam a sua vida. Por isso, as pessoas que rodeiam o cego devem reagir o mais naturalmente possível. Não faltar com a ajuda quando necessária, mas evitar a comiseração e a piedade.

A pessoa cega não é apenas a sua cegueira, mas alguém que tem uma vida como qualquer outro ser humano. Quantas vezes um cego é agarrado por diversas mãos ao descer de um ônibus, mas logo abandonado na plataforma da estação? Que dizer deste comportamento se considerarmos que ele precisaria, em vez da ajuda para descer da carruagem, da informação da localização das escadas mais próximas para se poder dirigir para a saída?

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